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Fórum das Entidades Sindicais debate saúde do servidor, data-base, tabela dos Agentes de Apoio e ParanaPrevidência Nova diretoria assume o Sintesu Convocação para Assembleia Geral

Números revelam que investimentos com pessoal tendem a cair de 45 para 42% no primeiro quadrimestre.

Com informações de Gustavo Henrique Vidal (FES – Fórum das Entidades Sindicais)

Reunião entre os dirigentes sindicais e a Seap, em Curitiba.

Sem negociar com os servidores há mais de seis meses, o governo Beto Richa dá sinais de que não pretende discutir as questões da categoria. Na primeira mesa de negociação de 2017, na tarde de quarta-feira (17), em Curitiba, a Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seap) negou avanço da pauta de reivindicações. Para a Seap não há espaço no governo para debater a reposição da inflação, que já acumula 8,53%, somando 2016 e 2017. “A discussão passa pela Comissão de Política Salarial (CPS) onde não está pautado o assunto”, limitou-se a responder representantes da Secretaria.

O Fórum das Entidades Sindicais (FES) reforçou que já são 16 meses sem reajuste e com a inflação mensal diminuindo, ainda mais, o poder de compra dos salários dos trabalhadores. Para o Fórum, o governo deve garantir o tratamento igualitário entre servidores, já que categorias de outros poderes terão a reposição em 2017.

Mesmo diante do crescimento da arrecadação do Estado, o 1º quadrimestre fechou com 9,3% de evolução, o governo Beto Richa insiste em contrariar a própria decisão, quando efetivou o calote no final do ano passado. Em 2016, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, garantiu que “havendo crescimento da receita, o compromisso com os servidores seria honrado”.

Para o FES, os indicadores econômicos divulgados em maio, e que serão apresentados pelo governo no dia 31, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), revelam desempenho excelente. O resultado, em parte, impacta com a arrecadação extra de ICMS em janeiro, totalizando R$ 1,7 bilhão. Desconsiderando essa arrecadação, a variação se mantém acima da inflação, com 5,80% de crescimento em relação a 2016. O FES, no entanto, calcula essa receita distribuída em 12 meses, chegando a um aumento da receita no quadrimestre foi de 9%.

Com esses resultados, fica cada vez mais distante a previsão realizada pelo governo, para a Lei Orçamentária Anual de 2017, estimando receita de R$ 50,8 bilhões, com crescimento de 3,67% em relação a 2016. O resultado também mostra que haverá queda da Receita Corrente Líquida com Pessoal. Em 2016 o comprometimento da folha ficou em 45,39%, abaixo do limite prudencial. O FES estima que no quadrimestre esse comprometimento não ultrapasse 42,8%.

Assim, o Fórum acredita que a alegação do governo, para suspender as reposições de janeiro e maio, era que a receita não cresceria no patamar necessário para financiar o pagamento das promoções e progressões, no valor de R$ 1,4 bilhão. Os resultados do primeiro quadrimestre demonstram que há condições tanto financeiras como fiscais para o Governo cumprir seu compromisso com a categoria e respeitar a Lei que foi aprovada na Alep. A estimativa da reposição salarial é de R$ 1,9 bilhão.

FES promoveu coletiva de imprensa para repassar dados do cenário econômico do Estado e para cobrar a reposição da inflação.

COLETIVA DE IMPRENSA – Ontem (17) pela manhã, os dirigentes sindicais ligados ao FES também promoveram coletiva de Imprensa, na Alep, para cobrar o pagamento da reposição da inflação (data-base). Durante as entrevistas, os servidores públicos explicaram que resultado econômico do quadrimestre cresceu acima das expectativas do Governo e que existem condições financeiras e fiscais para o Governo cumprir o compromisso e pagar a data-base.

Na semana passada, o Sintesu já havia alertado que, com a divulgação da inflação de maio, o governo aumentou a dívida com os servidores públicos do Paraná (confira aqui a matéria). Um dos pontos que mais chama a atenção é que com a não concessão dos reajustes salariais devidos a perda salarial dos servidores já equivale a 1,09 remuneração.

De acordo com a diretoria do Sintesu, o governo parece não perceber que ao não conceder a data-base, que não é aumento salarial e sim o reajuste da inflação de determinado período, está prejudicando todo o sistema econômico, pois a perda de massa salarial faz com que os trabalhadores percam o poder de consumo e deixem de retornar esses valores para o comércio e também para o próprio governo, em forma de impostos. Em linhas gerais, é afirmar que o governo está alimentando a crise, pois possui condições de pagar a reposição da inflação e injetar um novo gás na economia, mas não o faz.

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