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CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL Sindicatos entregam a pauta de reivindicações ao líder do governo na Alep FES quer reunião com Ratinho Jr. para apresentar demandas de servidoras(es)

Com informações do site Gazeta do Povo (por João Frey)

Foto: Pedro Oliveira/Alep

Após a derrubada do veto que impedia a concessão de reajuste salarial aos servidores da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública do Paraná, fica difícil refutar a tese do ex-secretário da Fazenda Mauro Ricardo, que dizia que o estado tem “ilhas de prosperidade em continente de dificuldades”.

A decisão tomada pela Assembleia Legislativa na tarde de segunda-feira (13) permite que os poderes concedam reajuste de 2,6%. Os servidores do Executivo, entretanto, continuam com os salários congelados desde 2015.

A tomar como base os dados expostos pela governadora Cida Borghetti (PP) na justificativa do veto encaminhado ao legislativo, os deputados concederam reajuste a carreiras com salário médio entre R$ 10 mil – na Assembleia – e R$ 22 mil – no Tribunal de Contas; enquanto os servidores do Executivo, com média salarial de R$ 5,3 mil seguem com os salários congelados.

Aqui vale um destaque à situação da Defensoria Pública, que apesar de estar no bolo dos beneficiados não tem média salarial tão alta entre os servidores. Enquanto os rendimentos brutos dos defensores é de, em média, R$ 21,8 mil, o dos servidores é de R$ 4,5 mil.

Abismo Salarial

Dados do governo do Paraná mostram que média salarial dos servidores efetivos do Tribunal de Contas é mais de quatro vezes maior que no Executivo.

ÓRGÃO QUANTIDADE DE SERVIDORES MÉDIA SALARIAL (R$)
Executivo 147.299 5.361,66
Assembleia Legislativa 359 10.114,33
Tribunal de Justiça 7.055 11.043,71
Ministério Público 1.569 18.115,06
Tribunal de Contas 621 22.575,45

Fonte: Governo do Paraná

 

Do ponto de vista formal, há dois argumentos que justificam esse abismo entre o salário dos poderes e o do Executivo. O primeiro é que Legislativo e Judiciário têm orçamentos independentes que, por terem fatias generosas do orçamento geral do estado, conseguem absorver os reajustes sem dificuldades.

A outra justificativa mobilizada por quem defende o reajuste aos poderes é que como a quantidade de servidores é bem menor, o impacto global dos reajustes é pequeno.

Esse raciocínio só se sustenta dentro de uma lógica de gabinete. Na prática, o dinheiro sai do mesmo caixa que não tem tido condições de conceder reajustes a professores e policiais e de fazer investimentos em diversas áreas do estado. Mais uma vez, assim como acontece no governo federal, as crises e a necessidade de conter gastos não atinge a elite da burocracia estatal.

 

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