O Sindicato dos Docentes e Agentes Universitários do Ensino Superior Estadual de Guarapuava e Irati (Sintesu) da Unicentro realizou na tarde desta segunda-feira (29) Assembleia para debater sobre Meta 4, possibilidade de atraso nos salários de janeiro de 2018 e indicativo de greve. O principal objetivo foi discutir a possibilidade de paralisar as atividades caso os salários não sejam depositados nesta quarta (31) pelo governo do estado. A decisão foi pelo indicativo de greve para 1º de fevereiro. Caso não recebam os salários, novamente professores e técnicos da Unicentro se reunirão em nova assembleia para deflagrar a greve.
O problema começou na semana passada, quando o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, declarou não saber se é possível, até o dia 31, processar a folha de pagamento de janeiro das universidades estaduais. O secretário alega atraso no envio de informações, porém, a Unicentro já enviou os documentos solicitados há alguns meses, mesmo
sendo contrária a inserção das instituições estaduais de ensino superior (IEES) no sistema RH Meta 4, por entender que a medida é uma ameaça à autonomia universitária (prevista na Constituição Federal). Mas, o verdadeiro problema se encontra no sistema do governo, que ainda não está preparado para receber os dados das folhas de pagamento das IEES.
A Pró-Reitoria de Recursos Humanos da Unicentro informou que, na última sexta (26), o governo de estado solicitou o repasse de informações, por meio de planilhas específicas, para o pagamento dos salários dos servidores. Porém, a Assembleia do Sintesu avaliou que não há certeza do pagamento do mês de janeiro e por meio de votação, deliberaram pelo indicativo de greve. Caso o Governo não cumpra o repasse, os agentes universitários e docentes entram em greve
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REUNIÃO NA SETI
Ainda na semana passad
a, representantes do Sintesu, juntamente com outros sindicatos das IEES, estiveram em Curitiba em reunião com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, para tratar da notícia vinculada na página oficial do governo, na qual o secretário da Fazenda cita a possibilidade de atraso no pagamento dos salários dos servidores das universidades.
João Carlos Gomes confirmou que esses atrasos poderão ocorrer, devido a “questões técnicas decorrentes da migração do sistema de gerenciamento da folha de pagamento”. Os sindicatos entendem que o governo deve, primeiramente, preparar totalmente o programa, para, somente depois, inserir as IEES no Meta 4, evitando penalizar os docentes e técnicos das universidades por um problema do sistema.