Em assembleia realizada nesta segunda-feira (24/06), o Sindicato dos Docentes e Agentes Universitários do Ensino Superior Estadual de Guarapuava e Irati (Sintesu) deliberou por deflagrar greve por tempo indeterminado, aderindo à greve geral unificada dos servidores públicos a partir do dia 27 de junho de 2019, cumprindo os prazos legais previstos em Lei.
O presidente do Sintesu, Danny Jessé Nascimento, destacou que o Sindicato sempre esteve aberto ao diálogo e se coloca à disposição para avaliar, juntamente com conjunto dos servidores públicos estaduais, toda e qualquer proposta que seja realizada pelo governador Ratinho Jr. e que, de fato, proponha de pagamento da data-base (direito constitucional). Os locais de trabalho estão orientados a paralisar o atendimento ao público. Apenas serviços emergenciais serão realizados em observância ao atendimento mínimo exigido pela legislação.
A pauta de reivindicações, por ordem de prioridade, é a seguinte:
- Pagamento da data-base em maio de 2019 (4,94%), assim como a reposição das perdas da inflação devida a partir de janeiro de 2017 que somam 11,53%, num total geral de 17,04%;
- Retirada do PL 04/2019, que congela a carreira dos/as servidores/as por 20 anos;
- Abertura de concurso público e nomeação de aprovados;
- Melhores condições de atendimento da saúde dos servidores;
- Garantia do direito de greve.
MAIS DE 17% DE DEFASAGEM SALARIAL – Os servidores públicos do poder executivo já completam 42 meses sem a reposição da inflação. Sendo uma perda anual de 2,27 salários, o que equivale aos servidores trabalharem 12 meses no ano e receberem por menos de 10 meses.
O presidente do Sintesu explicou que a data-base não é aumento, é apenas a reposição da inflação do período. “Esses 42 meses sem reposição da inflação fizeram com que os servidores perdessem muita massa salarial, trazendo muitas dificuldades e problemas para os trabalhadores públicos do Paraná”, contou, explicando, em seguida, que a decisão de não pagar a data-base traz consequências também para a economia do Estado, pois esse dinheiro voltaria para o comércio local e, consequentemente, também retornaria para o governo por meio dos impostos.