Mobilização será contra a Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e Lei da Terceirização
Na terça-feira, 11 de abril, durante Assembleia Geral, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior Estadual de Guarapuava e Irati (Sintesu) deliberou pela adesão à paralisação do dia 28 de abril, em parceria com diversas centrais sindicais do país. O ato é contra as reformas da Previdência e Trabalhista e Lei da Terceirização Irrestrita, que retiram direitos dos trabalhadores.
O objetivo é que a paralisação seja uma grande resposta ao processo de retirada de direitos dos trabalhadores. Além disso, será um dia histórico, em que haverá a unidade de todas as centrais sindicais pra fazer o que está sendo chamado de Greve Geral. A ideia é fazer um dia de paralisação nacional, em todos os setores, para pressionar o Governo Federal a retirar as propostas, tanto da Reforma da Previdência, quanto da Reforma Trabalhista e da terceirização. E nenhum direito a menos!
“É importante que os trabalhadores não vão trabalhar no dia 28 de abril, porque essa é a única arma que nós temos para impedir que nossos direitos sejam retirados. Pois, estão empurrando a conta da má gestão e dos desvios de recursos públicos para o trabalhador. E isso sem nenhuma auditoria que possa mostrar aonde estão os erros e ajude a realmente sanar os problemas de gestão do Governo”, declarou o presidente do Sintesu, Danny Jessé Falkembach Nascimento.
MOBILIZAÇÃO CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO DO PARANÁ ÀS UNIVERSIDADES
Também houve deliberação a favor de mobilização contra os ataques do Governo do Paraná às universidades públicas do Estado. No período da tarde e da noite foi iniciada a distribuição de panfletos nos campi de Guarapuava (Cedeteg e Santa Cruz) e de Irati (confira o texto do panfleto).
INFORMES
A diretoria do Sintesu também repassou informações sobre algumas questões que dizem respeito às universidades, como o Tide (regime de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva) dos técnicos, que será julgado no Tribunal de Contas do Estado (TCE), e a recente decisão do TCE de que as universidades devem integrar o sistema RH Meta 4, do Governo do Paraná.
Sobre o Tide dos agentes universitários, foi esclarecido que tanto a Unicentro como o Sintesu entraram com defesas junto ao Tribunal, esclarecendo pontos que demonstram a legalidade e a importância do Tide, que está amparado no Estatuto do Servidor Público do Paraná (Lei 6174/70).
No que diz respeito à incorporação das universidades ao sistema RH Meta 4, foi explicado que as sucessivas tentativas do Governo em colocar as IEES nesse sistema e outras normas similares têm representado progressivo engessamento da administração universitária. Além disso, essa medida é inconstitucional, pois entra em confronto com o princípio constitucional da autonomia de gestão didática científica, e de gestão administrativa, financeira e patrimonial das universidades. Outro ponto é que, em 2015, nas negociações empreendidas pelo Governo com os sindicatos, com vistas ao estabelecimento de um acordo para por fim à greve, foram assinados termos de compromisso de que as universidades não entrariam no sistema RH Meta 4 e, ainda, seriam retiradas do sistema Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná) e a Unespar (Universidade Estadual do Paraná).